A influenza equina, também conhecida como gripe equina ou tosse cavalar acomete os animais em épocas mais frias do ano. Extremamente contagiosa, a doença tem como agente etiológico a influenza A, porém com variações diferentes. Trata-se de uma enfermidade muito comum que compromete o sistema respiratório.
Afeta não só os cavalos, mas também outras espécies de equídeos como os muares e asininos. Aliás, a respiração é uma função básica para que o organismo desempenhe todas as demais com qualidade. Então, a tosse cavalar é de notificação obrigatória e geralmente atinge animais mais jovens, menores de 5 anos de idade.
Ao final deste artigo você vai entender melhor sobre a doença e como previni-la em seu rebanho. Boa leitura!
De que forma acontece o contágio?
A contaminação e transmissão acontece pela inalação do vírus, contato direto com a secreção nasal e oral do animal, tosses ou espirros. Além disso, é preciso ficar alerta, pois a doença ainda pode ser transmitida por meio de fontes como cochos, bebedouros, embocaduras, panos, escovas entre outros materiais que estejam em contato com o cavalo contaminado.
Sinais clínicos característicos
O período de incubação do vírus é muito rápido, em torno de 1 a 3 dias o cavalo já começa a manifestar os primeiros sinais, dentre os principais podemos destacar:
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Febre;
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Tosse;
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Diarreia fétida;
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Lacrimejamento;
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Queda de rendimento;
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Inflamação da garganta;
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Perda de apetite e emagrecimento.
Além disso, o animal fica mais vulnerável a adquirir infecções secundárias, como a pneumonia. Com isso, pode agravar ainda mais seu estado de saúde e levá-lo ao óbito, caso o tratamento não seja iniciado o mais breve possível. Entretanto, em casos mais simples, com intervenção de um profissional capacitado e a medicação correta, os cavalos costumam se recuperar dentro de algumas semana.
Outras doenças respiratórias
Os problemas respiratórios são comuns em equinos, sendo capaz de ter causas infecciosas ou não. Dentre as principais enfermidades infecciosas que são facilmente transmitidas, além da Influenza equina, existe também outras doenças mais comuns, como por exemplo:
Rinopneumonite Equina
É uma doença respiratória causada pelo vírus Herpesvírus Equino, e pode se apresentar na forma respiratória, abortiva e nervosa. Caracteriza-se por acometer animais de diferentes raças e faixas etárias. A transmissão ocorre por contato com secreções nasais infectadas, fetos abortados, placentas ou fluidos uterinos.
Adenite Equina (Garrotilho)
É uma doença bacteriana contagiosa, causada pelo Streptococcus equi subsp. equi, sendo caracterizada por uma inflamação mucopurulenta do trato respiratório anterior de equinos de todas as idades, porém, afeta mais os animais jovens.
Realização do tratamento
O vírus causador da influenza possui características peculiares, ele tem capacidade de sofrer mutações em suas estruturas. Dessa forma, não existe um protocolo de tratamento específico para a doença.
Os animais acometidos devem ficar isolados dos demais, não devem ser submetidos a estresse, permanecer em repouso total e ter acesso a alimentação e água de qualidade. Assim, com essas medidas a gravidade dos sinais clínicos é reduzida.
É essencial o animal ter um acompanhamento periódico de um médico veterinário que, caso seja necessário, iniciará a terapia medicamentosa com anti-inflamatórios. Certamente, quanto antes isolar o animal e iniciar o tratamento mais rápido será a sua recuperação.
Prevenção da influenza equina
Diante de tantos prejuízos com o custo do tratamento dos animais e o comprometimento de suas atividades, a prevenção é a melhor medida para se adotar. Para tal, algumas providências devem ser tomadas, como:
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Evitar a superlotação de animais;
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Acompanhar regularmente a saúde do cavalo;
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Isolar animais que apresentam sinais clínicos da enfermidade;
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Proporcionar instalações limpas, ventiladas e higienizadas aos equinos.
A vacinação é a maneira mais eficaz de proteger o rebanho contra a influenza equina.
Momento certo para vacinar
O intervalo de vacinação contra a doença é influenciado por diversos fatores, como por exemplo, o ambiente que o animal vive, tipo de atividade que exerce e risco pelo qual é exposto. Por isso, é ideal consultar um médico veterinário que vai montar uma recomendação vacinal apropriada.
Reconhecer rapidamente os primeiros sinais da doença e tomar decisões assertivas em situações emergenciais é fundamental para preservar a integridade do animal. Por isso, trouxemos uma super dica. No Curso Capacitação de Auxiliar da Escola do Cavalo você vai aprender sem sair de casa o que fazer nessas situações e como auxiliar o veterinário no atendimento geral, seja na sua propriedade, na clínica, ou em qualquer momento de necessidade.
Fonte: Venco