Os equinos são animais hipersensíveis às diferenças climáticas, tanto isso é verdade que estes, juntamente com gatas, cabras e ovelhas são considerados sazonais. A palavra sazonal significa algum evento que acontece todo ano em uma mesma época, o que ocorre com o período fértil desses animais.
O fator mais importante associado à fertilidade da égua é o foto período, no final do outono, devido à diminuição da luz, não há cio, enquanto que no final do inverno e início da primavera esses ciclos estrais são reassumidos, pelo aumento da luminosidade.Essa informação é de extrema importância para o sucesso em uma monta, principalmente se não por formas naturais.
Como em todo animal, uma reprodução assistida inicia-se com um exame clínico, avaliando seus órgãos reprodutores e possíveis anormalidades em geral. O próximo passo é a identificação do seu ciclo reprodutivo e sua fase ovulatória, para isso é necessário um acompanhamento ecográfico. A ovulação ocorre geralmente no fim do cio e por isso é o último salto que será determinante para a égua ficar gestante. E este é o momento da monta ou da inseminação.
Cada ciclo reprodutivo de uma égua dura de 21 à 23 dias e é composto por duas fases distintas: estro e diestro. O estro é a fase também conhecida como “cio” e é nesta que a fêmea fica receptiva ao garanhão, podendo haver a cópula, e esse período dura de 5 a 7 dias, até ela começar a produzir hormônios indutores da ovulação. A segunda fase é o diestro, nesse momento a égua não mais aceita o macho e dura de 12 à 14 dias, durante essa fase é produzido o corpo lúteo através do folículo e aumento na produção de progesterona.
Quando não há um controle exato a égua deve ser coberta em um período de 48 em 48 horas a partir do início do cio, até o momento que a mesma começar a rejeição ao garanhão. Porém, ao se trabalhar com organismos vivos tem-se que levar em conta que nada é exatamente igual ao outro, podendo, mesmo com exames e controle específico o animal não ficar gestante ou até mesmo não conseguir levar à gestação até o final.
Por: Stéfany Dias – Escola do Cavalo
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