Para um bom adestramento usamos a palavra chave – Flexão

 Manter correta a flexão da nuca e do pescoço do cavalo vai fazer com que se corrijam muitos defeitos evidenciados na postura desses animais, em Concursos de Marcha. Sabe-se que ao se perceber a cabeça excessivamente elevada e ponteira, que a principal causa desse defeito é o mau uso das embocaduras. A reação ao desconforto é a elevação da cabeça. O freio é a embocadura que realmente atua de forma eficaz no flexionamento da nuca, que é o vertical. O cavalo precisa deslocar o pescoço sem movimentar o tronco.

É preciso trabalhar a flexão lateral do pescoço, tronco e membros dos potros, ainda jovens, quando são exercitados em redondeis.  Na fase que antecede a doma de sela, o charreteamento, tanto a flexão lateral é continuada através dos volteiros, direita e esquerda, como também se inicia o desenvolvimento da flexão vertical, através das transições de andamentos, na sequência: passo/marcha/parada/marcha/passo/parada/marcha, e assim sucessivamente.

O último exercício é o recuo, que desenvolve, ao máximo, a flexão vertical. Se for executado com muita rigidez na nuca, a reação do cavalo será erguer a cabeça, que é uma ação contrária ao flexionamento da nuca.

Cavalos marchadores de MTADMarcha de Tríplices Apoios Definidos, devem ser treinados em contínua reunião moderada. Cavalos de Marcha Batida Diagonalizada, principalmente os velocistas, são treinados com reunião mínima, quase que contato apenas. Neles, o uso do bridão, ou do freio/bridão, é demasiadamente prolongado. Com o freio, a tendência é para a redução da velocidade, o que seria correto, já que a velocidade com que se conduz um cavalo marchador, em passeios e cavalgadas, não é a mesma dos Concursos de Marcha.

Para que um cavalo seja bem avaliado em um Concurso de Marcha é preciso que seja corretamente flexionado no seu conjunto de frente, tronco e membros. Ele tende a ser mais competitivo, com melhora sensível em todos os parâmetros de avaliação qualitativa da marcha, ou seja, comodidade, estilo, regularidade e rendimento.

 

Por: Lúcio Sérgio de Andrade – Zootecnista, escritor, árbitro de equídeos.

Adaptação: Escola do Cavalo

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