O instrumento básico de contenção do cavalo, depois do laço, passou a ser o cabresto, ao se instituir a Doma Racional. Isso aconteceu em função da domesticação desse animal. Entretanto, o instinto selvagem, nele, ainda prevalece, sendo, portanto, necessário o laço, em caso de o cavalo ser criado em grupos e, principalmente, se vive solto em grandes pastagens.
A Doma Racional, a partir da fase de amamentação, favorece a aproximação do homem/cavalo, se o sistema em que for criado é o intensivo ou semi-intensivo. Fatores ligados ao manejo, à aptidão individual, gerada por tendências genéticas resultam em fácil treinabilidade.
Cabeçada e cabo são as partes que compõem o cabresto. Para que seja completo, ele precisa ter, na cabeçada, a testeira e a focinheira e o afogador.
A focinheira tem como função, melhor resposta do cavalo ao comando de puxar o cabo do cabresto, ao pressionar uma região de grande sensibilidade nasal, mantendo firmes as peças laterais da cabeçada. Já a testeira, favorece a atuação da cabeçada na nuca, região responsável pelo posicionamento correto da cabeça e do pescoço.
A importante função do afogador é a de evitar que a cabeçada seja retirada pelo fato de o cavalo esfregar sua cabeça onde estiver amarrado. Isto ocorre de forma natural, pela coceira resultante do suor e do calor. Pode, também, ser em decorrência de um vício.
O cabo do cabresto tem que ser resistente, fortemente ligado à cabeçada, e longo, em torno de 4 metros, a fim de facilitar diversas atividades, como: Os exercícios de guia no redondel, exercícios de caminhada, doma de cabresto, apresentação em pista, manejo reprodutivo, enduro etc.
Se o cabo for curto, o controle do cavalo será deficiente, principalmente se o animal for indócil, ou simplesmente por encontrar-se momentaneamente em um estado de excitação.
Os cabrestos podem ser feitos de couro, nylon ou polipropileno. Os de nylon são mais baratos, sendo muito resistentes, mas provocam atritos desconfortáveis, resultando em ferimentos, tanto na nuca como parte da região das faces, laterais da cabeça, como também nas mãos do condutor. Os cabrestos de polipropileno são à base de fibras de algodão, sendo macios, conhecidos como cabrestos de “seda”, mas também exercem um certo atrito, apesar de em menor intensidade.
Os mais indicados são cabrestos de couro, por serem naturais, resistentes e confortáveis, podendo ser roliços (em couro cru trançado, curtido e amaciado) ou em sola, com larguras variáveis. Os roliços proporcionam apoios eficientes. Os de sola são ideais para apresentação em exposições, desde que confeccionados com bom acabamento, em sola estreita.
Não se recomenda o uso de correntes nos cabrestos, pois viciam o cavalo a morder o cabo ou a própria corrente, além do incômodo dos toques frequentes no mento e mandíbula inferior, interferindo negativamente na apresentação do animal.
O cabresto não se presta somente à função básica de servir como meio de contenção. É também necessário no processo da doma inicial, no treinamento e nos exercícios de condicionamento, até mesmo nos animais montados.
Fonte: Portal de equinos marchadores
Adaptação: Escola do Cavalo
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