Saiba mais sobre alergia em equinos

A “Cronic obstrutive pulmonary disease” (C.O.P.D.) ou Doença Pulmonar Crônica Obstrutiva causa prejuízos a donos e criadores de equinos, principalmente pela queda de rendimento do animal, variando de acordo com a evolução da doença.

A C.O.P.D. é responsável por vários problemas respiratórios, em equinos, e aparece como causa secundária de infecções virais e bacterianas.

Interpretar corretamente alguns dos sintomas desta doença, e tomando certos procedimentos médicos e tratamentos, são fundamentais para decisões corretas que podem poupar sofrimentos e até perdas de animais.

As doenças respiratórias são as mais frequentes em equinos e preocupam, devido à possibilidade de se tornarem crônicas, podendo incapacitar o animal de realizar suas atividades, desde simples passeios, a competições. Segundo especialistas, 25% de cavalos de corrida e lazer, em todo mundo, são vítimas de enfermidades agudas das vias respiratórias, sendo que mais de 10% dessa parcela desenvolvem diferentes tipos de doenças crônicas.

O sintoma inicial é a fadiga, indicador de queda de rendimento, sendo um alerta a necessidade de investigar o animal. Em geral, ocorre perda de peso, corrimento nasal, respiração forçada, tosse e, em alguns casos, hemorragia pulmonar com perda de sangue pelas narinas.

As alergias podem ocorrer por inúmeras substâncias comuns ao dia-a-dia do animal, como farelo de milho, aveia, gramíneas, cevada, trigo, fungos e bolores presentes no local de abrigo (baia ou celeiro). E também, alimentos: sorgo, linhaça, milho, trigo, cevada, alfafa são exemplos.

Como consequência, alergias podem levar o animal a desenvolver várias reações alérgicas, com um aumento da produção de secreção pelos brônquios, levando a uma obstrução progressiva dos mesmos e diminuição da capacidade respiratória com reflexos em toda a performance do animal.

Não existem sintomas evidentes de problemas alérgicos, dificultando no momento de se identificar a doença, muitas vezes percebida em estágios já elevados. Observa-se que, em muitos casos, a “má-performance” inexplicável, pode ter relação direta com a diminuição da capacidade respiratória do animal.

A técnica conhecida como Ventigrafia, que consiste em um aparelho que mede a pressão interpleural, do pulmão, através da colocação de uma sonda que vai pelo esôfago até a entrada do pulmão, é uma grande parceira na detecção de problemas respiratórios de equinos.

Existe teste laboratorial de sangue, permitindo a detecção de um grupo de anticorpos chamados Imunoglobulinas da classe IgE, que ficam aumentados nos processos alérgicos. O painel de exames é composto de, aproximadamente, sessenta alérgenos e vinte e três dos principais alimentos consumidos pelos equinos, indicando se o animal está negativo, suspeito, positivo ou altamente positivo para os vários tipos de alérgenos testados.

 

Tratamento

O tratamento a ser desenvolvido dependerá de fatores como a origem e gravidade do processo, diagnosticando se a causa é de origem natural ou por componente infeccioso, ou diferentes fatores, concomitantemente.

Antibióticos são utilizados no tratamento da doença por causa bacteriana, como também, em doenças de consequência viral (mesmo não reagente em vírus), a fim de prevenir a ocorrência de infecções secundárias causadas por bactérias.

A suspenção dos elementos naturais, após uma pesquisa detalhada dos potenciais alérgicos, de objetos que circundam o equino, em seu espaço de vivência, associado a medicações, são necessários e de reponsabilidade do médico veterinário, especializado em doenças respiratórias.

 

 

 

Fonte: CEPAV

Adaptação: Escola do Cavalo

 

 

 

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