Garrotilho é uma doença contagiosa aguda causada pelo streptococcus equi. Essa doença também é conhecida como "adenite equina", "gurma", "coriza contagiosa" e "estreptococcia equina" e é caracterizada por inflamação mucopurulenta das mucosas nasais e faringianas, estendendo-se em abscessos que chegam a atingir gânglios submaxilares e faringianos, e ao transformar-se em abscessos podem tornar-se pus. Seu contágio ocorre por vias aéreas por inalação e, ocasionalmente, por via oral. Pode ainda atingir gânglios internos (no mediatismo e mesentério) e diferentes órgãos como pulmões, fígado, baço, etc.
As vítimas dessa doença são, preferencialmente, animais novos (de seis meses a cinco anos), porém ocorre também em adultos. Aparece, normalmente, em locais de agrupamento de animais, pois o germe é facilmente transmitido através de bebedouros e comedouros de uso comum, onde aproveita para invadir o organismo com os alimentos e água contaminados. Há animais portadores resistentes, que não apresentam sintomas da doença, mas a disseminam, dando origem a surtos inesperados. Os animais doentes precisam ser isolados.
O período de incubação da doença vai de 4 a 10 dias (5-6 em média), após contágio de outro animal. Começa com falta de apetite, abatimento e febre alta (40-41ºC), respiração difícil e acelerada, mucosa avermelhada, aparecendo depois de 2-3 dias uma descarga mucopurulenta e depois purulenta, pelas narinas. Pode haver tosse, que perdure por várias semanas. Os gânglios da face apresentam-se endurecidos, quentes e doloridos, transformando-se depois em abscessos que supuram e libertam pus amarelo e cremoso.
Os abscessos dificultam a respiração e às vezes podem asfixiar o animal. Como complicações podem surgir pneumonia ou septicemia. Os sintomas podem variar bastante e vão desde a extensão da infecção a diversas regiões e órgãos, até apenas uma leve inflamação das vias aéreas superiores, sem formação de abscessos. A maioria dos animais se recupera e torna-se resistente à doença.
Como prevenção, manter os animais sob boas condições de higiene e alimentação, manter vacinação em dia, isolar os animais doentes, sendo que animais em contato com animais doentes os outros devem receber soro-vacinação, que não é totalmente seguro para imunizá-los.
O tratamento dessa doença deve seguir a orientação do médico veterinário, o que, geralmente, é feito a base de sulfa e com inalações com eucaliptol (folhas de eucalipto). As narinas podem ser lavadas com anticépticos fracos e os abscessos maduros são incisos e drenados, aplicando-se injeções intramusculares de antibióticos em grandes doses.
Cavalos vacinados durante o período de incubação da doença apresentam uma reação local mais severa. Vacinação de cavalos com sintomas de garrotilho pode causar uma reação anafilactóide ou púrpura hemorrágica. Cavalos que se recuperam da moléstia não devem ser revacinados dentro de pelo menos um ano após a recuperação. Os animais que sofrem garrotilho geralmente mantêm-se imune por três ou quatro anos, em alguns casos, por toda a vida.
Fonte: Saude Animal
Adaptação: Escola do Cavalo
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