Saiba mais sobre a Leucoencefalomalácia equina

Frequentemente, há relatos de intoxicação de animais por rações mal estocadas e esse grande problema, na maioria das vezes, está relacionado à proliferação de fungos na mesma, uma vez que um ambiente úmido, com temperatura alta e rica em alimento, é ótimo para sua reprodução. Uma espécie relativamente comum que foi responsável por um grande número de mortes de cavalos nos EUA, é o Fusarium moniliforme, fungo de distribuição mundial que se instala em milhos e rações comerciais e provoca uma doença denominada Leucoencefalomalácia equina (LEM) em animais que o ingerem junto a alimentos contaminados.

Em 1891 foram relatados casos desse fungo em estoques de milho e rações, porém não é a simples presença do mesmo que define o problema, e sim substâncias por ele produzidas, que são as micotoxinas. As reais responsáveis pela intoxicação, seguido do desenvolvimento da doença, e as condições propícias para a ocorrência deste fato ainda são desconhecidas.

Micotoxinas incluem não somente as fumonisinas, mas também aflatoxinas, vomitoxinas e zearalenona, entre outras, porém, em estudos feitos no Brasil entre 1988 e 1990, mostraram que o Fusariumspp ocorre em 97,4% das amostras analisadas. Esse fungo também está associado a outras patologias, como a síndrome de edema pulmonar suíno, câncer de esôfago em ratos e humanos.

O crescimento natural do fungo se dá quando o nível de umidade ultrapassa 15%, sendo sua temperatura ótima, ou seja, a temperatura em que há maior crescimento do mesmo, entre 20ºC e 25ºC. Após sua infestação, o alimento apresenta um aspecto que varia de púrpura à marrom avermelhado.

Os sinais clínicos não são instantâneos, necessita que o animal se alimente da ração contaminada por pelo menos duas semanas seguidas para daí em uma média de um mês os sinais começarem a manifestar, de forma súbita. A ingestão do patógeno em grande quantidade e em um curto espaço de tempo tem uma maior relação com lesões hepáticas e, ao ser diagnosticado o problema, o primeiro passo é garantir que o animal não mais se alimente daquela ração, tendo uma diminuição gradativa dos sinais e sintomas. Mesmo assim, pode apresentar lesões no fígado em até 12 dias após a suspensão do alimento contaminado.

Fonte: Bicho Online

Adaptação: Escola do Cavalo

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