Diferente do que muitas pessoas pensam ou ouviram falar com certa frequência sobre "cólica em cavalos", essa não é uma situação de único e certeiro diagnóstico, sendo compreendida por qualquer caso de dor abdominal.
Em situações de cólicas mais graves, o animal sente muita dor, sendo necessária uma contenção de emergência, para que o mesmo não se machuque nem machuque ninguém a sua volta. E é aí que um profissional, hoje, pode se destacar perante outros, em vista que este é um desafio para os Médicos Veterinários por existir uma gama de diagnósticos diferenciais para cólicas e quanto menor o tempo para se obter um diagnóstico e iniciar o tratamento, maiores são as chances do animal resistir.
Na maioria das vezes, o único tratamento é o cirúrgico, não sendo indicados tratamentos alternativos, que só confundem e contribuem para aumento do sofrimento e do número de óbitos de animais afetados.
As causas de cólica em equinos normalmente estão associadas à interferência do homem em seu modo de vida e alimentação, pois estes são animais muito seletivos devido a seus lábio móveis e acabam sendo restringidos a uma certa área e obrigados a se alimentar de forma errônea, e por terem um organismo muito sensível acabam desenvolvendo problemas no trato digestório.
Outra consequência da restrição de pastagens é o desgaste dentário. Enquanto, em vida selvagem, o cavalo passa em torno de 60% do seu tempo pastando, e ao ser confinado em baias ou pequenos piquetes este período é reduzido à 15%, diminui a quantidade de fibras da dieta com o fornecimento de concentrado, fazendo com que haja menor e desigual desgaste dos dentes, além da baixa disponibilidade de fibras, contribuindo para obstruções intestinais e consequentes cólicas.
Outra característica de animais mantidos por muito tempo em baias que podem levar ao desenvolvimento de cólicas é o sedentarismo, que diminui o metabolismo e o peristaltismo do animal, dificultando a eliminação de fezes.
Como medida profilática a quase todos os tipos de doenças, a ingestão de água também é aplicada nesse caso. A necessidade de água varia de acordo com a espécie, idade do animal, clima do ambiente em que ele vive, tipo de alimentação que a ele é disponibilizada, umidade local, ventilação, gestação e atividades físicas a ele submetidas.
De maneira geral recomenda-se que os cavalos tenham à disposição água limpa e à vontade. Cerca de 50 a 100 litros pode se fazer necessário.
Fonte : CPT Cursos Presenciais
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