Projeto “Adote um Cavalo” resgata animais vítimas de maus-tratos

Em Porto Alegre por intermédio do projeto “Adote um Cavalo“, 227 animais vítimas de maus-tratos ou abandono foram resgatados e encaminhados para adoção entre 2010 e 2012, motivo de comemoração para os defensores do bem-estar dos equinos. O trabalho de proteção dos cavalos agrupa várias frentes do poder público municipal. Em parceria com o Batalhão Ambiental da Brigada Militar e a Coordenadoria de Vigilância em Saúde da Capital, a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) realiza blitz de fiscalização e verifica denúncias encaminhadas pelo telefone 118.

O objetivo da abordagem é fazer um diagnóstico da saúde do animal, bem como das condições de esforço físico. “Identificamos possíveis maus- tratos, como a ausência de ferraduras, debilidade física, marcas de ferimento e fêmeas prenhas. Constatado o abuso, o animal é recolhido e não pode ser devolvido ao dono”, explica Paulo Roberto Dorneles, agente da EPTC, que acrescenta ainda que todas as abordagens são feitas de forma pacífica, principalmente com os donos de carroça.

A EPTC realiza também rondas diárias na Capital. A parceria com as secretarias municipais dos Direitos Animais e do Meio Ambiente proporciona uma política rígida e atenta contra os maus-tratos. Conforme Daura Pereira Zardin, médica veterinária da Secretaria Municipal da Saúde, a prefeitura conta com o abrigo para equinos (o Santi Machado), na estrada Chapéu do Sol, bairro Belém Novo, na zona Sul. O Santi Machado, que já abrigou 107 animais em 2010, tem hoje 13 cavalos para adoção sendo disputados por 16 candidatos.

Pessoas ou instituições interessadas em adotar um cavalo precisam encaminhar um formulário de adoção junto à EPTC. Segundo a empresa 90% dos candidatos a adotantes são proprietários de sítios. Os 10% restantes estão vinculados a ONGs e ou clínicas especializadas em ecoterapia.

Visando o cuidado e o bem-estar dos animais os adotantes devem seguir algumas regras como: o interessado será depositário fiel do animal, não podendo comercializá-lo de nenhuma forma; o adotante deverá possuir local adequado para manter o cavalo em boas condições; o animal não poderá ser submetido a qualquer tipo de trabalho, especialmente o de tração como guia de carroças, charretes e arado. Também não poderá ser usado em práticas esportivas, como salto e corridas; o interessado deve apresentar RG, comprovante de residência e assinar um Termo de Compromisso de Adoção, juntamente com representante de entidade assistencial, de educação ou de associação civil, devidamente cadastrada na EPTC, que participará da intermediação da adoção.

Fonte: Correio do Povo

Adaptação: Escola do Cavalo

Curso de Diagnóstico de Claudicação em Equinos

Veja outras publicações da Escola do Cavalo:

Cólica ou diarreia? Veja como diferenciar

Como cuidar de infecções no casco de equinos

Fique atento ao comprar cavalos – nem sempre o que parece é