Redução da infertilidade ou total infertilidade podem ser ocasionadas por problemas infecciosos no útero da égua, fora o manejo inadequado e o momento de cobertura incorreto, provavelmente a causa mais importante das baixas taxas de prenhez é a endometrite, este problema tem um grande impacto econômico, uma vez que muitas éguas deixam de gerar potros anualmente. Essa subfertilidade é devido ao ambiente inadequado dentro do útero para o desenvolvimento do concepto.
A endometrite é a inflamação aguda ou crônica do endométrio uterino, é o processo infeccioso que acomete o endométrio das éguas e pode ser causada por processos não específicos, isto é, não venéreos, ou por germes que se instalam em razão de sua transmissão venérea na hora cobertura com garanhões infectados ou que tiveram contato sexual recente com éguas que apresentam endometrite. A classificação dos diversos tipos de endometrites é feita de acordo com sua etiologia, podendo ser fisiológica, em algumas situações, ou patológica em outras.
Endometriose é o termo que substitui a expressão Endometrite Degenerativa Crônica e descreve todos os processos de lesões e alterações degenerativas (fibrose e alterações glandulares degenerativas). Tais condições são diagnosticadas e classificadas em graus (de I a IV) através de biópsia endometrial.
As éguas apresentam algumas barreiras físicas e biológicas para combater a infecção e inflamação uterinas. Para impedir a infecção endometrial do útero. As barreiras físicas incluem a vulva, vagina e cérvix uterino. Qualquer falha em uma destas barreiras pode predispor a uma infecção por micro-organismos (bactérias e fungos). Os mecanismos de defesa uterinos são responsáveis por combater e eliminar as infecções do útero. Falhas nas respostas uterinas ou nas barreiras físicas de proteção determinam uma subfertilidade relacionada com endometrites agudas ou crônicas. A endometrite deve ser tratada dada sua etiologia e cabe ao médico veterinário diagnosticar e propor um tratamento.
Para o diagnostico a priori deve-se pesquisar se o rebanho apresenta baixa fertilidade ou grupos de éguas inférteis devem antes de tudo ser pesquisados quanto à possibilidade de apresentarem infecções endometriais.
O diagnóstico deve ser realizado pela anamnese, com exame direto do sistema reprodutivo e também por meio de exames complementares, que inclusive auxiliarão na escolha do tratamento mais adequado. Diversos protocolos existem para tratar endometrites agudas e crônicas. Alguns tratamentos modernos e outros experimentais revelam sua eficácia atuando nos processos de endometrites.
Endometrites não tratadas ou, quando tratadas inadequadamente, causam lesões no endométrio e afetam negativamente o desempenho reprodutivo das éguas. No caso da endometriose é difícil se obter sucesso no tratamento.
A prevenção desta patologia pode ser realizada através de um bom manejo na hora da cobertura, realizando minuciosa limpeza da genitália externa da égua e do garanhão.
Fonte: Personal Horse
Adaptação: Escola do Cavalo
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