Quando pensamos na rotina do profissional que trabalha com reprodução, é possível dizer que a ultrassonografia em equinos ocupa grande parte do tempo. Isso acontece porque o controle folicular e acompanhamento útero das éguas, diagnóstico gestacional preenche grande parte dessa rotina, e tais práticas têm como aliada a ultrassonografia veterinária.
Tanto num programa de prenhez, quanto num de Transferência de Embriões, a palpação transretal e ultrassonografia em equinos são fundamentais para que o sucesso esperado seja alcançado. Por mais que utilizadas em conjunto, a ultrassonografia, além de possibilitar a visualização das estruturas, tem diversas vantagens sobre a palpação transretal isolada. Assim, quando aplicada ao trato reprodutivo das éguas permite, de forma direta, detectar alterações morfológicas e anatômicas, normais ou patológicas, dos tecidos moles ou órgãos explorados, associadas a eventos fisiológicos.
Pensando nisso, vamos te apresentar de forma geral a ultrassonografia em equinos, alguns conhecimentos básicos para um bom exame, o tipo de visualização e onde aplicar o ultrassom na rotina reprodutiva.
Pontos básicos para bons resultados com a ultrassonografia em equinos
Para que o exame de ultrassonografia em equinos seja bem realizado, é interessante que o veterinário responsável se atenha a alguns pontos básicos. Esses pontos são: conhecer as particularidades de alguns sistemas de ultrassom e conhecer as propriedades dos órgãos e tecidos a serem examinados. Dessa forma, o veterinário é capaz de explorar ao máximo o potencial da técnica.
De maneira simplificada, o processo da ultrassonografia em equinos acontece com as seguintes etapas:
- Antes de se iniciar o exame ultrassonográfico é necessária a realização da palpação transretal dos órgãos, com a finalidade da localização e orientação espacial iniciais;
- Em seguida, o transdutor é introduzido no reto e movimentado de um lado a outro, sobre a genitália interna (ovários e útero), produzindo imagens longitudinais do corpo do útero ou cortes transversais dos cornos uterinos;
- Assim, de acordo com as características de absorção e reflexão das ondas sonoras pelos tecidos, estes são identificados na imagem ultrassonográfica dentro de uma escala cinza;
- Enquanto, na tela, os líquidos aparecerão na cor preta (anecóicos), por não refletirem as ondas sonoras e os tecidos densos surgirão na cor branca (hiperecóicos), pois apresentam alta reflexão das ondas sonoras.
É importante ressaltar que o conhecimento da fisiologia e dos equipamentos é necessário para qualquer aplicação da ultrassonografia em equinos, não apenas para seus usos na reprodução.
Características das imagens na ultrassonografia em equinos
Como já mencionamos, para o sucesso na ultrassonografia em equinos, é importante que o veterinário responsável tenha alguns conhecimentos básicos. Além disso, é importante que alguns parâmetros que interferem na imagem resultante sejam levados em conta.
Com relação ao posicionamento da imagem, a não ser em casos de regulagens especiais dos diferentes aparelhos, a estrutura mais perto da probe aparecerá na porção superior da imagem. Uma outra forma de localização da estrutura na palpação transretal é quando aprofundamos o braço na cavidade abdominal ou o contrário.
O ideal é localizar a estrutura a ser observada e fazer com que ela sempre se mantenha no centro da imagem do ultrassom, ou seja, em contato com o meio da cabeça da probe. Assim fica mais fácil de manter a estrutura em destaque. É importante lembrar que os movimentos dentro da cavidade abdominal devem ser lentos e, com adquirir da experiência, padronizados.
Aplicações da ultrassonografia em equinos no manejo reprodutivo
Depois de entender como funciona a ultrassonografia em equinos, é importante compreender suas aplicações dentro do manejo reprodutivo desses animais. Pensando nisso, fizemos uma lista rápida com as principais técnicas e práticas onde a ultrassonografia se mostra uma aliada do médico veterinário. São elas:
- Avaliação ginecológica: nesse tipo de avaliação a ultrassonografia permite que o veterinário faça uma análise do desenvolvimento folicular das éguas, além de permitir uma análise visual do trato reprodutor dos animais;
- Diagnóstico de gestação: essa é a aplicação mais comum da ultrassonografia em equinos, oferecendo a possibilidade de um diagnóstico mais preciso e seguro ao veterinário;
- Sexagem fetal: a identificação do sexo do embrião equino é uma aplicação da ultrassonografia que auxilia, principalmente, na comercialização desses animais;
- Aspiração folicular: nesta técnica, a ultrassonografia em equinos guia o veterinário para a aspiração dos oócitos no trato reprodutivo da fêmea;
- Exame Andrológico: neste exame realizado nos garanhões, a ultrassonografia em equinos permite que o responsável faça uma análise do sistema reprodutor do macho;
- Transferência de embriões: para a realização da transferência de embriões, a ultrassonografia em equinos é realizada para o acompanhamento das matrizes, garanhões e receptoras. Ou seja, sem a ultrassonografia, a transferência de embriões desses animais teria menores taxas de sucesso.
Assim, fica claro como a ultrassonografia é parte importante dos cuidados e do manejo reprodutivo de equinos. Ou seja, é por meio da ultrassonografia em equinos que diversas técnicas são possíveis, melhorando os resultados obtidos na reprodução equina.
Contudo, a escolha do equipamento e o conhecimento de como utilizá-lo de forma correta é fator determinante para os bons resultados com esse exame. Assim, o veterinário que deseja trabalhar na reprodução equina, deve dominar a ultrassonografia, conhecendo bem a fisiologia dos animais juntamente com o conhecimento sobre o que os equipamentos podem fazer.
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Fontes: CPT Cursos Presenciais e SHOP Veterinário