A criação de éguas antigamente se dava predominantemente pelo sistema extensivo, onde o animal era mantido em grandes extensões de pastos nativos, as crias permaneciam ao lado de suas mães até o parto subsequente, quando eram forçosamente afastadas pelas mães.
O reprodutor era mantido, em muitas propriedades, junto com as éguas a campo, no sistema de monta natural. As taxas de fertilidade eram boas, com economia de mão de obra, mas os reprodutores sofriam muitos acidentes. Os animais nesta época apresentavam deficiências nutricionais, devido ao fato da alimentação ser feita unicamente pelas pastagens nativas, os animais passavam por graves deficiências nutricionais, o que afetava, principalmente, o crescimento e a reprodução. Não havia o hábito de suplementar os animais durante os meses de estiagem e os piores pastos eram destinados aos equinos. As terras de cultura eram destinadas às lavouras, gado de leite e/ou gado de corte.
O manejo de dividir os animais nos pastos de acordo com cada categoria (potros, éguas paridas, éguas solteiras, éguas gestantes) foi a primeira evolução no sistema extensivo. Adotou-se a estação, concentrando as coberturas das éguas e parições, na segunda metade da primavera e durante todo o verão, pois quanto maior o fotoperíodo, mais fértil tende a ser a égua. Os melhores pastos passaram a ser oferecidos para as éguas gestantes. E para poupar a égua parida, os potros passaram a ser apartados em grupos, por volta dos 6 meses de idade.
Em relação à alimentação, os criadores antigos eram muito resistentes quanto à necessidade de suplementar os animais durante o período seco, como medida preventiva da perda de peso, e para manter as éguas prenhas em bom estado. Quando não havia como evitar estes gastos extras, nos casos de animais muito magros, alguns criadores utilizavam silagem, cana picada, ou rolão de milho.
O sistema extensivo foi substituído pelos sistemas intensivo e semi-intensivo a partir do momento que ocorreram avanços na área de nutrição equina e do melhoramento genético das raças, possibilitando a produção de cavalos de maior valor.
No sistema intensivo os animais são mantidos em confinamento, saindo das baias apenas para exercícios. No semi-intensivo, os animais são mantidos confinados nas baias durante o dia e soltos à noite, pode também como alternativas soltar durante o dia e prender a noite, mantendo os animais sob vigilância, ou soltar apenas parte do dia, manhã ou tarde.
Atualmente muitos haras são dispostos em áreas pequenas, o que impossibilita o sistema extensivo de criação. A recomendação neste caso é para prender somente os animais destinados às exposições e vendas. Garanhões devem ser mantidos em baia anexa a piquete. Éguas devem ser mantidas em piquetes.
O confinamento pode onerar a criação; gerar estresse mental, tornando os animais inquietos, nervosos; afeta negativamente a fertilidade, pela inibição do fotoperíodo; desenvolve animais obesos, de baixa resistência, prejudicando o desempenho funcional. Sendo o sistema semi-intensivo a melhor opção.
Fonte: Mundo Equino
Adaptação: Escola do Cavalo
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