A Rinopneumonite equina é uma doença respiratória causada pelo vírus Herpesvírus Equino, e pode se apresentar na forma respiratória, abortiva e nervosa. E mais, são enfermidades que possuem alto índice de incidência, ficando atrás apenas das doenças no sistema digestório.
Costuma afetar animais de diferentes raças e faixas etárias. E mais, a transmissão acontece por contato com secreções nasais infectadas, fetos abortados, placentas ou fluídos uterinos.
Pensando na importância do tema, escrevemos este artigo com informações que são indispensável para você profissional da área de medicina veterinária. Acompanhe com a gente até o final!
Tipos de Herpesvírus causadores da rinopneumonite equina
A rinopneumonite equina pode ser causada por diferentes tipos de vírus, e eles podem ficar escondidos no organismo por longos períodos de tempo sem serem percebidos. Com isso, os cavalos podem expelir partículas virais no meio ambiente levando a contaminação do rebanho. Por isso, é fundamental que você, médico veterinário, saiba interpretar bem os exames clínicos e investigar as causas.
Existem três tipos principais de herpesvírus, porém alguns são mais citados, listamos abaixo:
– EHV1: responsável pelas formas abortivas, nervosa, respiratória e neonatal da rinopneumonite equina.
– EHV2: citomegalovírus equino, não é tão significativo, mas pode causar conjuntivite e faringite crônica.
– EHV3: É responsável pelo exantema coital, acarreta no aparecimento de vesículas nos órgãos genitais, porém, não costuma causar aborto.
– EHV4: É o antigo subtipo 2 do EHV1, é responsável por surtos da forma respiratória da rinopneumonite equina.
Propagação do vírus
A disseminação do vírus ocorre pela via respiratória, e exige um contato muito próximo entre os animais portadores do caso clínico. Pode ocorrer também quando um cavalo clinicamente saldável excretar o vírus. As principais fontes de contaminação são a forma abortiva, fetos, anexos fetais e secreções do útero e da vagina. E mais, existem casos em que os potros nascidos de água contaminada disseminam o herpesvírus, e estes chegam a sobreviver por cerca de 15 dias fora do animal. Assim, pode haver contaminação através de acessórios ou objetos contaminados. Abaixo, listamos os sinais comuns entre os cavalos com a doença:
– Secreção nasal serosa que pode evoluir para mucopurulenta
– Febre e excesso de tosse
– Ocorre principalmente nos potros em primeiros meses de vida
Diagnóstico da rinopneumonite equina
A doença pode apresentar diferentes gravidades, e muitas vezes possuí características semelhantes as observadas no quadro de influenza. Assim, é comum haver confusão no diagnóstico, você, veterinário precisa estar muito bem preparado para solicitar e avaliar bem os exames. É preciso realizar as análises epidemiológicas, clínicas e laboratoriais. E mais, devem ser observadas as lesões fetais como a icterícia, petéquias em membranas serosa, especialmente no pericárdio, edema subcutâneo e pleural.
Tratamento da doença e importância da prevenção
Ainda não existe tratamento específico para a doença, apenas o sintomático, por isso é tão importante trabalhar de forma preventiva. E no caso da rinopneumonite equina, definir um bom programa de vacinação dos equinos é fundamental, pois, proporciona boa redução da taxa de incidência da rinopneumonite equina. Além disso, é necessário que haja um bom manejo sanitário das instalações. Recomenda-se adotar as seguintes práticas:
– Separar as diferentes categorias animais dentro do haras
– Isolar as éguas que abortarem das demais do lote
– Identificar as causas do abortamento
– Promover o esvaziamento dos piquetes onde ocorreram abortos por herpesvírus
– Evitar o estresse e aglomeração dos animais
– Evitar o contato com animais sintomáticos
Fonte: Enbrequi, Saúde animal e Revista Agropecuária