Cólica Equina – A exploração cirúrgica sistemática com objetivo diagnóstico

A execução de cirurgias abdominais em equinos com ampla margem de segurança foi possibilitada com o advento de novas técnicas anestésicas e o desenvolvimento de técnicas cirúrgicas.

O diagnóstico e o tipo de cirurgia proposto para a resolução do problema, a disponibilidade de equipamentos (inclusive anestésicos), de pessoal de apoio e um ambiente cirúrgico são essenciais para o acesso cirúrgico à cavidade abdominal.

Laparotomia é uma manobra cirúrgica que envolve uma incisão através da parede abdominal para aceder à cavidade abdominal.

As vantagens da laparotomia é que ela não modifica a topografia dos órgãos pelo decúbito; possibilita o acesso  às vísceras do lado do abdômen onde é executada e permite a manipulação parcial do intestino delgado, cólon menor, cólons dorsal e ventral esquerdos e algumas vísceras situadas no lado oposto quando o ceco está vazio.

Suas limitações são: não permitem manobras cirúrgicas que dependem de maior manipulação visceral; os órgãos situados caudalmente no abdômen não são suficientemente acessíveis; pode ocorrer o decúbito do equino.

A laparotomia em posição quadrupedal é indicada principalmente nos casos de: orquiectomia abdominal; ovariectomia; flexura pelvina; corpos estranhos e fecaloma; tomotocias; laparotomia exploratória; cólon menor; descompressões gasosas; hérnias inguinais iniciais; reposicionamentos intestinais simples; incisões de baixo flanco.

Dentre os protocolos de pré-medicação anestésica, incluem-se a acepromazina (Apromazin 1%) na dosagem de 0,1 – 0,5mg/kg IV e xilazina (Xilazin) na dosagem de 0,4 -1 mg/kg, IM ou IV

Na terapêutica das crises abdominais laparotomia em equinos é o último recurso a ser adotado, mas é o primeiro a ser indicado, quando o diagnóstico definitivo presume a correção cirúrgica. A palpação retal é de suma importância, tanto para o diagnóstico como para orientar ao cirurgião no acesso cirúrgico.

Uma avaliação detalhada clínico cirúrgica para a decisão mais acertada para cada situação é de responsabilidade do Médico Veterinário.

Fonte: Portal Dia de Campo

Autor(a): Daniela Solomon

Adaptação: Escola do Cavalo

 

 

 

 

Conheça o Curso Avançado de Cólica Equina com Laparotomias (módulo II)

      Veja outras publicações da Escola do Cavalo: Saiba mais sobre a Ovulação de Éguas Você sabe o que é Trypanosoma Evansi em equinos? Claudicação equina: o que fazer para evitar?