O que acarreta e como tratar os distúrbios comportamentais dos equinos

Por muito tempo os equinos ocuparam o status de trabalhador, ou seja, se adaptava as diversas atividades e necessidades do homem. Hoje os cavalos não são destinados somente a realizarem trabalhos para os homens. Eles são muitas vezes animais de estimação, estão ligados às atividades de lazer e esportes e por conferir certo grau de ostentação ao proprietário, a situação deve permanecer.

Os equinos vivem em grupos, em um comportamento tipicamente comunitário. Quando se relacionam com o homem ficam sujeitos ao capricho dos mesmos, o seu habitat e modo de viver são alterados acarretando problemas comportamentais que muitas vezes são irreversíveis. A presença do líder é essencial pois, o temperamento dos cavalos não está associado  à tomada de decisões e ações por vontade própria, se forçado pode acarretar graves consequências. Assim, quando obrigados a viverem sozinhos seja em baias ou piquetes (sem outro animal da mesma espécie), o cavalo toma como referencial e líder o homem (que alimenta, treina e determina o modo de agir).

As modificações de comportamento podem advir de causas psicológicas, fisiológicas ou consequente da seleção genética. O comportamento determina-se por peculiaridade da construção do seu organismo estando relacionado com a capacidade funcional do sistema nervoso central, órgãos sensoriais, glândulas endócrinas, aparelho locomotor e sistema digestivo, podendo ser alterados até certo grau pelo meio ambiente.

As modificações no comportamento do equinos são vícios e agressividade que ocorrem em animais que vivem presos nos baias ou piquetes; distúrbios sexuais, na sua maioria, independentes do sistema de criação.

Os tratamentos desses distúrbios se dão de várias maneiras. O reforço positivo pode ser usado em cavalos agressivos, eu outros pode ser necessário o uso do reforço negativo. Já para o manejo de vícios e de problemas comportamentais e melhor tratamento é a prevenção.

Um manejo estimulante de acordo com as necessidades do animal, planejando rotinas de treinamento pode evitar os vícios de cocheira.  As necessidades psicológicas e fisiológicas são as de um animal que vive em grupo, em constante pastejo e socialmente interativo, a aceitação ou não de determinado comportamento dependerá da opinião do responsável pelo animal. As alterações do comportamento também podem ocorrer por outras diversas causas como estresse, transporte e, principalmente, pela influência do ser humano.

Porém, os transtornos mais prejudiciais à saúde do cavalo são agressividade, hábito de morder madeira, coprofagia e aerofagia, que devem ser prevenidos pelo manejo adequado além, de exercícios físicos diários, convivência em grupo, dietas balanceadas reduzindo a inatividade, a solidão e possíveis deficiências nutricionais. As dietas fornecidas com menor volume de concentrado e do maior fornecido na forma “in natura”, ou seja, verde (não muito picado) são recomendadas.

Fonte: Equitação Especial

Adaptação: Escola do Cavalo

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