Sinais clínicos e diagnóstico da pneumonia bacteriana em equinos

Entre as causas infecciosas de alterações pulmonares em eqüinos, as infecções
virais seguidas de pneumonia bacteriana são as mais comuns. A infecção é caracterizada por um influxo de células inflamatórias, destruição tecidual e perda da
função respiratória normal.
A pneumonia bacteriana em animais adultos é mais freqüentemente causada por Streptococcus zooepidemicus, um microorganismo encontrado nas membranas mucosas, pele e tecido tonsilar de cavalos hígidos. Normalmente, os organismos invadem as membranas mucosas danificadas por uma infecção viral pré-existente ou
estresse.

Como pneumonias por Streptococcus zooepidemicus, podem ser complicadas por Pasteurella spp, Klebsiella spp., Escherichia coli e Bordetella bronchiseptica.
Os sinais clínicos de pneumonia bacteriana em cavalos incluem depressão, anorexia, inapetência, febre, descarga nasal, tosse, aumento da taxa respiratória e intolerância ao exercício. Em casos crônicos pode ocorrer perda de peso. Quando as vias aéreas são estreitadas, sibilos podem ser ouvidos e estertores ou crepitações podem ocorrer quando há líquido e/ou exsudato.
O diagnóstico deve envolver exames físicos que incluem verificação da temperatura corpórea, auscutação cardíaca e pulmonar e percussão do tórax. A auscutação pulmonar deve ser feita de forma cuidadosa em local silencioso e utilizando estetoscópio de alta qualidade, antes e após o exercício.
Palpação e percussão da parede torácica podem revelar hiporessonância que é característico de consolidação pulmonar. Hipersonoridade indica enfisema pulmonar, (bolhas enfisematosas) ou pneumotórax. Radiografia e ultrassonografia podem suplementar o exame físico. Análises laboratoriais de amostras sangüíneas podem evidenciar infecções bacterianas.
Aspirado traqueal pode ser obtido a fim de prover amostras para cultura microbiana e exame citológico. Se o animal estiver recebendo antibioticoterapia, este deve ser mantido por um período de 24 horas sem medicação antes da colheita de amostra. Uma vez que a infecção viral e o estresse comprometem os mecanismos de defesa pulmonar, e os sinais de pneumonia estão presentes, o veterinário deve suspeitar de S. zooepidemicus, mas a possibilidade de infecção mista deve ser considerada. Coloração de Gram a partir da citologia pode guiar a terapia até os resultados finais da cultura, mas a antibioticoterapia específica deve ser baseada nos resultados da sensibilidade da cultura.
As infecções complicadas por múltiplos patógenos aeróbicos e anaeróbicos resistentes requerem agentes antimicrobianos especificamente direcionados contra os organismos cultivados. A terapia direcionada para ambos os patógenos aeróbicos e aneróbicos é essencial para a resolução de uma infecção mista. Imunoestimulantes podem sem utilizados em conjunto com a terapia antimicrobiana.

Fonte:  Cenário Pfizer

Adaptação: Escola do Cavalo

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