A leptospirose é uma doença infectocontagiosa causada por bactérias do gênero Leptospira. A doença ataca diversos animais domésticos, silvestres e também o ser humano, sendo dessa forma classificada como zoonose.
A doença acomete animais em áreas urbanas, rurais e silvestres e sua ocorrência está ligada a fatores climáticos e ambientais, podendo manifestar-se em níveis endêmicos ou gerar surtos. As bactérias são poucos resistentes a temperaturas entre 50-60ºC, no entanto, quando em condições favoráveis, sobrevivem por longos períodos nos ambientes, apesar de se multiplicarem apenas durante o período de infecção.
As perdas econômicas causadas pela doença estão direta ou indiretamente relacionadas a custos com assistência veterinária, medicamentos, vacinas, testes laboratoriais, falhas reprodutivas, entre outras.
Nos equinos a leptospirose determina o nascimento de crias fracas, natimortalidade ou mortalidade neonatal e abortamento em qualquer fase da gestação, como sequela comum após invasão sistêmica. A doença também é responsável por um terço dos natimortos e da morte perinatal que, em 75% dos casos ocorrem em virtude de infecção bacteriana. O aborto relacionado à doença é consequência da leptospiremia fetal, pela passagem das leptospiras através da placenta, podendo ocorrer a qualquer momento da gestação.
A transmissão da doença ocorre por exposição dos hospedeiros à água contaminada com urina ou tecidos vindos de animais infectados com a bactéria. A doença pode apresentar-se com sinais clínicos oculares, sistêmicos, respiratórios ou reprodutivos, porém a maioria dos animais sororeativos não exigem sinais clínicos evidentes.
A confirmação da doença é feita através de exames laboratoriais, em testes que podem ser classificados como: testes imediatos, testes sorológicos, testes de isolamento de leptospiras e testes dos métodos moleculares.
A profilaxia e o controle dependem em primeiro lugar do serovar circulante e quais os mecanismos de transmissão envolvidos no plantel. O controle da doença é feito com medidas de higiene, antibioticoterapia e vacinação do plantel.
Fonte: Revista + Equina
Adaptação: Escola do Cavalo