Quem cria, ou trabalha com equinos, sabe que os dentes dos cavalos devem estar na lista de prioridades de cuidados direcionados a estes animais. Esse cuidado é, de certa forma, uma medida preventiva para quem deseja sucesso no segmento. Isso porque, as doenças dentárias em equinos podem trazer muitos transtornos e prejuízos econômicos.
Quando os dentes dos cavalos são mal cuidados, as consequência vão de queda do desempenho, até mesmo à impossibilidade dos mesmos de desempenhar atividades físicas, por conta de dores. Além disso, a falta de cuidados odontológicos pode comprometer a mastigação, de modo a ocasionar má digestão e cólicas.
Infelizmente, a principal causa do surgimento de problemas com os dentes dos cavalos foi a interferência humana nos hábitos de alimentação desses animais. Quando não domesticados, os cavalos se alimentavam de uma grande variedade de forragens, desgastando os dentes de forma lenta e homogênea. Contudo, com o que é encontrado em criações desde o início da domesticação, esse desgaste é mais heterogêneo e rápido.
Diante desse quadro, separamos alguns pontos que mostram a importância de oferecer aos cavalos cuidados odontológicos especializados como forma de evitar prejuízos na propriedade. Confira!
Principais problemas com os dentes dos cavalos
Quando se trata dos cuidados dos dentes com cavalos, é importante sempre destacar que os problemas dentários podem causar sérios prejuízos aos proprietários e criadores. Isso porque, estes problemas podem, ainda, ocasionar um menor aproveitamento dos nutrientes dos alimentos, de modo que vitaminas importantes deixem inclusive de serem absorvidas. Os dentes mal cuidados podem, inclusive, fazer com que o animal emagreça.
Assim, é importante conhecer os principais problemas com os dentes dos cavalos, entendendo o que são e o que podem ocasionar. Em geral, ter esse conhecimento permite a observação precoce por parte dos responsáveis, que podem acionar o veterinário antes de maiores complicações. Confira quais são os principais problemas dentários em equinos à seguir:
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Dente de lobo
Os chamados dentes de lobo, são os primeiros pré-molares dos equinos. Assim, estes são dentes pequenos “a mais” dentro da arcada, que podem ocasionar feridas nas bochechas e, até mesmo, causar infecções. Isso, além de atrapalhar o trabalho de condução destes animais, uma vez que o contato com a embocadura, pode provocar ferimentos. Por isso, se a queda não acontecer naturalmente, extraí-lo é fundamental.
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Cauda de Andorinha
Um problema muito comum nos dentes dos cavalos é a formação de uma aresta nos incisivos, causada por desgaste, chamada de cauda de andorinha. Este problema costuma aparecer quando o animal possui 7 anos e reaparece aos 13 anos de idade, e tende a desaparecer apenas com o tempo. Infelizmente, esse problema pode causar complicações da mastigação e levar os animais a quadros de cólica. Portanto, durante o período de aparecimento da cauda de andorinha é importante observar as fezes do animal, caso haja pedaços mal triturados, buscar outras formas de alimentação.
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Diastema
O diastema é um espaço entre os dentes incisivos (frente) e molares (fundo). Alguns animais sofrem com o nascimento de um dente extra nesse espaço, o que causa dores e desconforto. Para resolver esse problema a extração é o mais indicado.
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Ganchos
Os ganchos são causados por um desalinhamento entre os dentes pré-molares e molares. Em alguns casos, a complicação pode ser tão grande que causa feridas na parte interna da boca do animal. Para resolver esse problema a extração também é o mais indicado.
Sinais de alerta para problemas com os dentes dos cavalos
Apesar de não serem, necessariamente, doenças, os problemas nos dentes dos cavalos apresentam alguns sinais. Estes, se percebidos com antecedência, evitam complicações para o animal.
A grande maioria dos problemas odontológicos em equinos causa complicações de mastigação, seja por deformações ou dores e incômodos. Com isso, muitos animais têm a sua capacidade de trituração do bolo alimentar reduzida, comprometendo sua digestão. O que, para cavalos e éguas, é um grande problema já que muitas cólicas são geradas por complicações digestivas do animal. Além disso, como mencionamos anteriormente, a nutrição do equino fica comprometida, já que a absorção dos nutrientes também sofre com a má mastigação.
Dessa forma, separamos uma lista com os principais sinais de que há algo errado na boca dos cavalos. São eles:
- Perda de peso (por falta de nutrientes ou, até mesmo, má alimentação – inibida por dores e incômodos bucais);
- Excesso de salivação;
- Sensibilidade nas bochechas;
- Processos de engolir e mastigar alimentos dificultados ou comprometidos;
- Queda de desempenho e performance;
- Mastigação parcial de alimentos como capim ou feno;
- Dificuldades ou resistência à comandos de embocadura;
- Temperamento alterado (animais podem ficar mais ariscos e nervosos);
- Fezes com pedaços de alimentos mais inteiros, mal triturados;
- Reações atípicas à embocadura.
Evite prejuízos: cuide dos dentes dos cavalos!
Diante de todas as complicações que podem se originar dos dentes dos cavalos, fica claro o quanto prevenir, nestes casos, é evitar prejuízos significativos no bolso. Dos mais simples, como questões de desempenho, aos mais complicados, com limitações e cólicas, as questões de saúde causadas pela dentição equina podem doer seriamente no bolso.
Assim, ter o acompanhamento odontológico como rotina na visita do veterinário é fundamental para esses animais. Exames logo nos primeiros anos de vida são também de grande importância, de modo a se detectar a tempo mudanças congênitas, principalmente na mandíbula, e a tempo de corrigi-las. Quanto mais rápido o diagnóstico, menos complicações e mais simples o tratamento. Além disso, os gastos ficam mais restritos ao atendimento, evitando perdas de desempenho e produção do animal.
Estes são apenas alguns exemplos da importância dos cuidados periódicos com os dentes dos cavalos e do que o desleixo neste sentido pode ocasionar. A dica final, portanto, é realizar regularmente a consulta com profissionais especializados. Isso deve virar uma rotina, que certamente resultará em muitos benefícios.
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Fontes: CPT Cursos Presenciais e Revista Veterinária