As biotecnologias reprodutivas, estão voltadas para a melhoria da qualidade genética dos plantéis. E, por meio do ultrassom veterinário tornou-se possível para os profissionais da área de reprodução equina prestar serviços mais especializados, como a sexagem fetal equina. Esta é uma importante ferramenta que ainda não tem o seu potencial completo aproveitado na equideocultura.
A ultrassonografia veterinária pode ser aplicada em diferentes fases da gestação e auxilia o produtor no processo de tomada de decisões para o rebanho. Aliás, determinar o sexo do feto tornou-se uma necessidade básica em todas as propriedades que fazem a criação de equinos. Afinal, influencia nas decisões de:
- Compra e venda de gestações de sexadas;
- Continuar ou não com determinados cruzamentos;
- Determinação de valor de mercado;
- Inclusão ou não de éguas em remates.
As técnicas são fáceis de serem aplicadas e o mais importante, influenciam diretamente no manejo. Pois, desta forma é possível direcionar os cruzamentos com a finalidade de um determinado sexo na cria.
Nesse sentido, o ultrassom veterinário é uma ferramenta essencial para o manejo de equinos. Afinal, por meio dele é possível determinar com facilidade o sexo do potro durante a gestação. Ao longo deste artigo, você vai conhecer melhor sobre os diferentes métodos. Boa leitura!
Sexagem por meio da identificação do tubérculo genital
De maneira geral, a sexagem fetal através do tubérculo genital é realizada entre os 55° e 70° dias de gestação. Estamos falando da identificação do processo embrionário que dá origem ao pênis nos machos ou ao clitóris nas fêmeas. O desenvolvimento fetal vai ocorrendo naturalmente enquanto o tubérculo genital migra de acordo com o sexo do feto.
Em caso de machos, a estrutura posiciona-se próximo a inserção do cordão umbilical. Já nos casos de fêmeas, ocorre o direcionamento para as caudas. A avaliação é feita a partir do 55° dia de gestação pois, é nesse período que o tubérculo já migrou o suficiente para realizar a identificação do sexo.
É mais comum observar a utilização da técnica em bovinos, isso acontece porque em equinos é um pouco mais difícil de visualizar o tubérculo genital. O feto apresenta muita mobilidade em função da grande quantidade de líquido alantoideano e do comprimento do cordão umbilical.
Depois do 77° dia de gestação o líquido fetal fica ainda mais pesado, levando a projeção do útero para cavidade abdominal e o feto fica localizado na posição mais ventral. Com isso, torna-se mais difícil visualizar a parte posterior do feto.
Sexagem fetal por meio da identificação das gônadas fetais e genitália externa
Dentro do intervalo de gestação que compreende os 90° e 220° a ultrassonografia transretal ou a transabdominal são as mais utilizadas para a sexagem fetal em equinos. A principal vantagem é o maior intervalo diagnóstico. Nesta fase da gestação, a determinação do sexo é feita com base na visualização das seguintes estruturas:
- Testículos;
- Prepúcio ou pênis;
- Escroto e uretra (machos);
- Ovários, glândula mamária e vulva (fêmeas).
Nos casos em que a gestação já está em um período mais avançado a sexagem é realizada com o auxílio da ultrassonografia transabdominal. É preciso que os animais estejam devidamente contidos e que o abdômen esteja limpo.
Como o ultrassom veterinário auxilia no processo?
Uma das principais vantagens do ultrassom veterinário na sexagem fetal é que, diferente dos métodos tradicionais, ele não é invasivo. Ou seja, não coloca em risco a saúde da fêmea ou do feto. Além disso, permite alto grau de confiabilidade.
No caso do uso de aparelhos mais completos com recurso Collor doppler, é possível ir além. Visualizar a vascularização presente entre as camadas cortical e medular dos ovários em caso de fetos do sexo feminino. A ferramenta também é muito utilizada no aumento da acurácia do diagnóstico do sexo fetal.
Para o sucesso da técnica de sexagem fetal e uso do ultrassom, a experiência e capacitação do médico veterinário é fundamental. Somente por meio da capacitação e treinamento constante, é possível obter resultados seguros.
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Fonte: Notícias da pecuária e UFP