A leptospirose equina popularmente conhecida como “doença de rato” é causada por diferentes bactérias do género Leptospira spp. Assim, as leptospiras penetram no organismo através de ferimentos na pele ou mucosa do nariz, boca e conjuntiva. Apesar de pequena, existe também a possibilidade de ocorrer a transmissão venérea e via transplacental.
A doença pode ser identificada através da reunião de dados epidemiológicos da região e identificação dos principais sintomas clínicos dos equinos. Além disso, são realizados testes microscópicos e testes sorológicos. Casos de contaminação dos animais podem gerar grandes prejuízos para a propriedade, uma vez que é comum ocorrer abortos e até mesmo a morte dos equinos.
Pensando nisso, ao longo deste artigo, reunimos informações importantes para você profissional da área. Assim, saberá agir em situações de emergência e proporcionar o melhor atendimento possível, tornando-se um profissional diferenciado no mercado.
Formas de transmissão da leptospirose equina
A leptospirose equina pode ser contraída de diferentes formas, uma delas é o contato com a urina infectada de espécies animais como ratos, bovinos e caprinos. A situação é tão séria que na fase aguda da doença, as bactérias se alojam nos tubos renais dos animais e posteriormente são eliminadas através da urina. E o pior, a partir dessa eliminação ocorre a contaminação da água e vegetação, aumentando as chances de que outros animais também sejam contaminados.
Sinais da doença
Em parte dos casos, os animais soropositivos não costumam apresentar sinais clínicos, já em outros demonstram manifestações comuns que podem auxiliar no diagnóstico. Abaixo listamos para você os principais, Confira:
- Pode haver icterícia oftálmica periódica
- Queda no desenvolvimento esportivo
- Em casos mais graves ocorre aborto
- Depressão
- Hipotermia
- Anorexia
- Vômito
- Febre
Como prevenir a leptospirose equina?
É muito importante estar com a vacina de todo o plantel em dia, elas auxiliam na prevenção e devem ser fornecidas por profissionais capacitados. Juntamente, com esse procedimento é preciso controlar a população de roedores e evitar deixar acumular resto de alimentos, lixos e água nas instalações. Isso favorece o aparecimento dos ratos e sucessivamente o número de casos de leptospirose em equinos.
A realização periódica dos testes sorológicos ajuda a identificar os animais do plantel que precisam receber tratamento. As áreas que são comuns a todos os animais devem ser sempre vistoriadas. Pois, a urina e fezes dos cavalos infectados, descartadas no meio ambiente se tornam fonte de contaminação para outros animais.
É preciso também ter cuidado com as rações armazenadas, sempre que possível colocando-as em um ambiente fechado e fora do chão. Já que, os roedores costumam ir atrás dos alimentos e urinar por toda parte. E conforme já comentamos anteriormente, essa urina em contato com a pele e mucosa dos equinos pode levar a contaminação. Assim, uma das palavras chaves para prevenção é o manejo sanitário.
Tratamento da leptospirose equina
Em muitos dos casos, os sinais clínicos da doença só são identificados na fase aguda.
Então, o primeiro passo consiste na realização de exames laboratoriais que possibilitem a você, identificar qual é a cepa específica de leptospirose que causou a doença nos equinos. Com isso, será possível direcionar um tratamento mais eficaz, focando no combate à bactéria e com atenção especial aos efeitos colaterais.
Após a sorologia e identificação dos animais portadores da leptospirose equina, os equinos serão vacinados, evitando que novos casos venham a acontecer no rebanho. Para atender a demanda deste mercado, é preciso conhecer muito bem as técnicas de realização de exames laboratoriais. Afinal de contas, tem papel fundamental na identificação de diversas patologias que acometem os animais.
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Fonte: No Galope, Cavalus e Informativo equestre