A retenção de placenta em éguas é definida como uma falha na expulsão de partes ou de todas membranas fetais. Normalmente, o parto das éguas ocorre em períodos noturnos, e é composta por três momentos: prodrômica, expulsão fetal e expulsão das membranas fetais.
Durante o parto da égua, a expulsão da placenta representa a última etapa do processo, e isso deve durar, de acordo com especialistas, em situações normais aproximadamente 30 minutos a 3 horas. Vale lembrar que, em alguns casos pode ocasionar vários problemas a saúde do animal, culminando até mesmo com a morte se não for devidamente monitorada.
Por isso, os envolvidos na criação desses animais devem acompanhar do início ao fim a gestação, a fim de evitar complicações. Continue lendo e saiba as causas, sinais, diagnóstico e tratamento dessa patologia!
Causas da retenção de placenta em éguas
A retenção de placenta ocorre inicialmente devido à imobilidade do útero ou a inflamação da placenta, que irá causar falha no deslocamento das vilosidades fetais. Isso ocorre, devido a alguns fatores como:
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Estresse;
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Falhas de manejo;
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Doenças bacterianas;
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Doenças metabólicas;
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Deficiência de vitaminas e minerais;
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Distensão excessiva do útero;
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Intoxicações;
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Distúrbios hormonais;
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Hereditariedade e sexo do feto.
Os fatores que ampliam o período gestacional aumentam a incidência de retenção de placenta, tanto em partos espontâneos como nos induzidos. Contudo, é comum essa patologia ocorrer devido a partos gemelares, fetotomia, distocias, abortamentos e nascimentos prematuros.
Normalmente a retenção ocorre com maior incidência em animais de tração, em fêmeas com sobrepeso ou de idades jovens, raças de pequeno porte e éguas que já apresentaram a retenção em outros partos, sendo necessário o acompanhamento durante e pós-parto.
Sinais e Diagnóstico
O sinal mais comum é a presença de envoltórios pendentes na vulva. Porém, às vezes, eles permanecem no útero e não são vistos durante o exame clínico. Após 12 horas do parto é possível observar alguns sinais, como:
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Sinais de metrite;
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Depressão;
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Cólica;
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Desidratação;
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Apatia;
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Febre;
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Diminuição do leite;
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Toxemia que poderá evoluir para um quadro de laminite.
O diagnóstico pode ser realizado pelas membranas pendentes na vulva da égua, após 3 horas do parto. Em alguns casos é necessária a palpação transretal e a inspeção do animal.
O uso da ultrassonografia também pode ser indicado para o diagnóstico. Com o auxílio do transdutor, o equipamento permite a visualização do lúmen uterino, segmentos placentários, tamanho do útero e outras alterações que possam causar complicações no pós-parto das éguas.
Tratamento
O tratamento pode ser realizado pela utilização de ocitocina para a liberação da placenta. Porém, ela só deve ser utilizada de 2 a 8 horas pós-parto. Não é recomendada a remoção manual da placenta, pois isto pode acarretar vários problemas, como por exemplo, a hemorragia e ruptura uterina.
Logo após a expulsão deve ser realizado lavagem e sifonagem do útero, com solução salina diariamente, cobertura antibiótica, anti inflamatória e anti histamínica para prevenir a laminite.
A retenção da placenta causa risco de vida ao animal e é extremamente necessário o acompanhamento do médico veterinário, para melhor avaliação e procedimentos realizados. Por isso, é muito importante que o trabalho de parto seja realizado em um ambiente propício, com um profissional especializado, o qual aplicará os medicamentos e técnicas corretas que irão facilitar o processo, evitando que a vida do potro ou da égua sejam colocados em risco
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